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O que é um firewall e como funciona?

Escrito por Mariana Pimentel | 02/12/25 18:16


O que é um firewall e como funciona?

Entenda o que é um firewall, para que serve esse sistema e como funciona para proteger o tráfego de uma rede

 

O que é um firewall?

Firewall é um sistema de segurança de filtragem de pacotes que funciona como um “muro de fogo” – tradução literal do termo – entre uma rede interna e externa, controlando os acessos de quais dados podem ou não trafegar entre esses locais.

Na prática: se um dispositivo externo não autorizado tenta adentrar o sistema de uma empresa, o firewall entre em cena para barrá-lo imediatamente.


Esse mecanismo de controle de tráfego faz o trabalho de um porteiro: controla e monitora a entrada e saída de pacotes de dados com base em regras de segurança determinadas pela política de segurança da informação* de uma organização. 

Firewall é a camada entre um computador e sua conexão com uma rede externa ou com a internet - Foto: serasa.com.br/premium/blog

*O que é política de segurança da informação?

A política de segurança da informação (PSI) é um conjunto de normas, diretrizes e boas práticas que todos os colaboradores que utilizam a infraestrutura de TI de uma instituição devem seguir. 

 

O que um firewall faz e como ele funciona?

Em um cenário onde ataques automatizados acontecem 24x7, independentemente do tamanho da empresa, firewalls protegem uma rede contra tráfegos maliciosos e ameaças (internas e externas) em tempo real.

A ferramenta atua lendo e interpretando dados das camadas do modelo OSI (Open System Interconnection) – a linguagem universal para a comunicação entre redes de computadores, dividida em sete camadas:

  • Camada física;
  • Camada de enlace de dados;
  • Camada de rede;
  • Camada de transporte;
  • Camada de sessão;
  • Camada de apresentação;
  • Camada de aplicação.

Os firewalls mais simples funcionam até a quarta camada, enquanto os mais modernos conseguem enxergar profundamente até a camada 7. Veja como essa ferramenta de segurança cobre cada uma:

  • Camadas 1 e 2 (física e enlace de dados): atuação limitada, mas possível em modos específicos.
  • Camadas 3 e 4 (rede e transporte): atuação principal dos firewalls tradicionais (IP, portas, protocolos).
  • Camadas 5 e 6 (sessão e apresentação): suporte complementar de última geração (TLS inspection, controle de sessão).
  • Camada 7 (aplicação): onde as aplicações mais modernas realmente se destacam (inspeção profunda, detecção de ataques, controle de aplicações).

Tipos de firewall

Esse dispositivo de segurança pode ser implementado em formato de software, como é o caso do firewall do Windows, ou como hardware, modelo ideal para empresas e ambientes corporativos, uma vez que oferece proteção mais robusta. 

O roteador que traz a Internet do provedor para sua casa ou escritório é um firewall de hardware, pois é um equipamento físico. Já o seu computador doméstico, com Windows ou macOS, provavelmente tem um firewall de software em execução, ou seja, dentro de um sistema operacional. 

Para proteger a borda das redes, a escolha deve ser estratégica de acordo com tamanho e estrutura da rede a ser protegida, as necessidades específicas, a demanda de restrição de tráfego e outros critérios.


Um sistema de firewall funciona como uma “porta corta-fogo” - Foto: Freepik

Além disso, também devemos considerar duas especificidades: firewall stateless ou stateful? Nós te contamos a diferença entre cada um:

  • Firewall stateless: firewalls sem estado fazem a filtragem simples. Usam apenas as informações básicas do cabeçalho inseridas pelo próprio administrador, como IP de origem e destino, porta, protocolo. Apesar de serem rápidos, não mantêm registros do estado das conexões e analisam somente o pacote de forma isolada, sem considerar se faz parte de uma sessão legítima.
  • Firewall stateful: no caso de firewalls com estado, tudo é inspecionado, inclusive o contexto: características, canais de informação e comportamentos de um pacote de dados. Esse modelo é capaz de identificar estado da conexão TCP, padrões de tráfego, sequência de pacotes e tentativas de abertura de sessão. Isso permite a observação e restrição de comportamentos suspeitos sem depender apenas de regras manuais.

Firewall ou antivírus: qual o melhor?

É importante lembrar que firewall e antivírus não são substitutos um do outro, mas se complementam, cada um com suas funções específicas.

Enquanto um firewall monitora e controla o tráfego de rede, um antivírus assume o papel de prevenir e eliminar malwares que entram no sistema. E diferente da parede de fogo que atua na “porta de entrada”, um antivírus sempre será um software. 

Por que você não deve operar sem um firewall

A ausência de um firewall representa um dos maiores riscos de segurança para qualquer organização. Não se trata apenas de bloquear portas ou impedir acessos indevidos; o firewall é a camada que separa sua rede interna do mundo externo, analisando pacotes, controlando conexões e eliminando tráfego suspeito antes que ele atinja sistemas críticos. Sem ele, qualquer dispositivo conectado vira um ponto vulnerável.

  1. Exposição direta da rede à internet
    Sem uma proteção na borda, servidores, aplicações e dispositivos internos ficam visíveis na internet, tornando-se alvos de scanners, bots, ataques de força bruta e exploração de portas abertas. É o equivalente digital a deixar todas as portas da empresa destrancadas.
  2. Acesso não autorizado e movimentação lateral
    Invasores procuram o ponto mais fraco da rede para entrar e se movimentar silenciosamente. Um firewall segmenta áreas internas, delimita conexões e impede que um ataque em uma única máquina se propague para todo o ambiente: algo comum em casos de ransomware.
  3. Riscos financeiros e regulatórios
    Empresas brasileiras enfrentam perdas médias que superam milhões de reais em casos de vazamentos de dados. Falhas que poderiam ter sido evitadas com sistemas de segurança adequadamente configurados resultaram em prejuízos financeiros e sanções previstas pela LGPD.


https://www.migalhas.com.br/quentes/420912/stj-empresa-responde-por-dados-de-clientes-vazados-apos-ataque-hacker

As penalidades para o descumprimento da LGPD incluem multas milionárias. Por isso, investir em firewalls avançados não é apenas uma questão de segurança, mas também de compliance.

  1. Maior vulnerabilidade a malwares e ransomwares
    Sem firewall, qualquer tráfego malicioso tem passagem livre para alcançar servidores e endpoints. Ransomwares modernos utilizam portas comuns e tentam conexões de saída camufladas, algo facilmente detectado por dispositivos com inspeção profunda.
  2. Falta de visibilidade e auditoria
    Firewalls oferecem registros detalhados de tráfego, tentativas de invasão, pacotes anômalos, portas escaneadas e padrões suspeitos. É indispensável identificar ataques em andamento, diagnosticar falhas ou comprovar incidentes para auditorias.
  3. Aumento do impacto de erros humanos
    Mesmo com política de segurança e boas práticas, configurações incorretas podem expor serviços internos. Um firewall reduz essa superfície de ataque e atua como uma segunda barreira para evitar que um simples erro operacional se transforme em um incidente crítico.

Firewall e segurança cibernética com a HostDime

Para empresas em expansão até ambientes altamente regulados e críticos.

A HostDime Brasil oferece camadas completas de proteção de borda, combinando appliances corporativos e serviços gerenciados de firewall integrados à infraestrutura de data center mais certificada da América Latina. Confira: 

  • WAF (Web Application Firewall)

    Solução de segurança que funciona como uma camada de proteção com foco nas aplicações web, especialmente no tráfego HTTPS/S. Ideal para facilitar e proteger o dia a dia do cliente, funciona como um filtro proativo que evita que os riscos cheguem aos servidores ou aplicações.

A barreira de proteção que garante que a segurança da informação comece onde os acessos acontecem. Nesse modelo, a HostDime:

  • Faz a gestão de regras e políticas;
  • Monitora o tráfego 24x7;
  • Aplica patches e atualizações críticas;
  • Realiza auditorias, tuning e hardening;
  • Mantém o ambiente protegido mesmo em cenários de ataque.
  • Segurança integrada ao ecossistema HostDime

Seguindo boas práticas de segurança e alta disponibilidade, todas as soluções de firewall podem ser integradas com:

  • Servidores dedicados;
  • Clusters de alta disponibilidade;
  • Ambientes de missão crítica;
  • Interligações híbridas com nuvem;
  • Links redundantes e IPs dedicados;
  • Monitoração ativa do SOC.

Essa integração garante que a segurança seja a espinha dorsal da infraestrutura. Depender apenas do firewall do sistema operacional é expor seu negócio a riscos reais: vazamentos, indisponibilidade e prejuízos financeiros que poderiam ser evitados. Empresas de todos os portes já sentiram esse impacto.

 

Violações de dados afetaram 35% das empresas no Brasil nos últimos 2 anos Security Report


Firewalls não são apenas ferramentas técnicas: são peças essenciais para manter a continuidade do negócio. Do home office às grandes corporações, da borda ao núcleo da rede, eles garantem controle, visibilidade, camadas de proteção e resistência contra ataques cada vez mais sofisticados.

Manter um firewall ativo, atualizado e alinhado à política de segurança não é uma opção: é parte do básico para manter qualquer infraestrutura segura e resiliente.

Com a HostDime Brasil, sua organização conta com suporte humano 24x7, engenharia especializada, gerentes de conta dedicados e soluções robustas baseadas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para garantir que sua rede permaneça segura para crescer sempre disponível.