On-premise: o que é, por que se tornou difícil manter e quais alternativas existem hoje?
On-premise: o que é, por que se tornou difícil manter e quais alternativas existem hoje?
Entenda o que é on-premise, por que esse modelo se tornou caro e complexo, quando considerar a migração e quais opções fazem sentido: colocation, cloud ou DBaaS.
Manter a infraestrutura de TI internamente pode gerar sérios problemas operacionais - Foto: Freepik
O que é on-premise?
A expressão “on-premise” se refere a um modelo em que empresas mantêm sua infraestrutura de TI dentro de suas próprias instalações físicas. Nesse formato, a organização assume a responsabilidade total pela instalação, manipulação, atualizações, segurança e continuidade de todo o seu parque tecnológico – hardware e software.
Manter tudo “dentro de casa” não é uma tarefa fácil, principalmente para negócios em expansão e que não podem parar.
| Estudos apontam que a migração para modelos de nuvem pode diminuir em até 51% custos com operações em relação a ambientes on-premise tradicionais. |
Mas se é tão complicado, por que esse modelo ainda persiste? A resposta é simples: esse foi o padrão seguido por décadas. Mas o cenário muda com a chegada das automatizações e operações cada vez mais dependentes da tecnologia. A digitalização acelerada, a demanda por disponibilidade contínua e o aumento do volume de dados tornaram difícil sustentar esse modelo com eficiência.
"O modelo on-premise vem se tornando obsoleto porque exige altos investimentos em hardware, espaço físico, refrigeração, energia, renovação tecnológica e equipes especializadas e, mesmo assim, entrega capacidade limitada e pouco flexível."
Joelson de Paula - engenheiro de sistemas HostDime
Por que manter infraestruturas on-premise ficou tão difícil?
Aqui estão as principais dificuldades enfrentadas por empresas que adotam o on-premise:
- Altos custos de instalação e manutenção
Os novos investimentos são constantes e sempre um empecilho no planejamento financeiro pela rápida depreciação dos ativos. E não melhora com o tempo: fabricantes aumentam os preços de cobertura da garantia de dispositivos exponencialmente à medida que o equipamento envelhece, incentivando a substituição em vez da manutenção a longo prazo.
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O custo de manter dezenas de equipamentos cobertos excede o benefício ou ultrapassa o orçamento disponível. |
- Insegurança
Desastres naturais, falhas humanas, quedas de energia e incidentes são riscos reais. Quem opera sua própria estrutura de maneira independente não possui garantia de que seus dados se mantenham seguros diante desses cenários.
Estruturas locais raramente contam com redundância, contingência e resiliência comparáveis a um data center profissional.
Equipes de TI ficam constantemente presas em trabalhos operacionais - Foto: Freepik
- Risco operacional elevado
Falhas elétricas e quedas de energia, climatização inadequada, falta de redundâncias (rede, links, energia) e downtime com impacto financeiro: os principais vilões da disponibilidade. Um downtime prolongado afeta produtividade, prejudica o cumprimento de prazos e cria impactos financeiros significativos.
- Concentração de tempo e equipe especializada em tarefas operacionais
Ter total responsabilidade sobre seus dados e hardware, exige força operacional dedicada para manutenções e backups constantes. Com isso, profissionais deixam de atuar em iniciativas estratégicas capazes de impulsionar um negócio.
- Compliance
Ao abrigar estrutura de TI interna, a organização é responsável pela implementação e manutenção das melhores práticas de conformidade e segurança, como: encriptação, gestão de acessos, políticas de backup, auditorias, monitoramento de logins e conformidade com normas e padrões internacionais.
Esse nível de responsabilidade é difícil de sustentar sem equipe robusta e processos maduros. Um data center certificado já vem pronto para alcançar altos níveis de segurança de acordo com as leis cada dia mais exigentes.
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Ambientes on-premise demandam investimentos altos, mão de obra qualificada, especialização constante e atenção permanente, uma rotina desafiadora para operações que não podem parar.
As desvantagens são claras. Por isso, empresas consolidadas e em crescimento estão revisando seus modelos operacionais para garantir disponibilidade, segurança e sustentabilidade financeira.
Migrar infraestrutura para cloud computing, DBaaS ou colocation?
Com a expansão de data centers no país, novas soluções se tornaram acessíveis para empresas que desejam reduzir a carga operacional comum de um ambiente on-premise.
Na HostDime Brasil – o data center mais certificado da América Latina – essa transição pode ser feita a partir de três serviços: cloud computing, colocation e DBaaS.
94% das empresas utilizam serviços de nuvem, e 70% apontam a eficiência de custos como o motivo principal para o uso.
Flexera 2025 State of the Cloud Report
A escolha do modelo de migração depende do estágio do negócio, do tipo de aplicação, do nível de controle desejado e da maturidade da equipe de TI. A chave da migração otimizada é a flexibilidade.
On-premise X cloud computing
Ao migrar para o modelo cloud computing, a empresa substitui sua estrutura física local por um ambiente virtualizado fornecido por um data center profissional.
Nesse formato, a infraestrutura deixa de existir em hardware próprio e passa a ser entregue como Infraestrutura como Serviço (IaaS).
Uma alternativa vantajosa para otimização econômica, já que a empresa paga somente pelos recursos que utiliza.
- Sem custos adicionais de energia, refrigeração, banda e segurança;
- Seu time de TI mantém controle total sobre o ambiente virtualizado;
- Manutenção, redundância e alta disponibilidade garantidas;
- Acesso à infraestrutura moderna, com redundância e garantia de alta disponibilidade.
Nesse caso, a empresa define suas necessidades diretamente em um painel de controle intuitivo, e o data center provisiona o ambiente em clusters dedicados, permitindo construir, espelhar ou expandir a infraestrutura de acordo com a estratégia de TI.
On-premise X DBaaS
Enquanto no cloud computing o cliente gerencia o sistema operacional e a instância do banco, no modelo Database as a Service (DBaaS), a responsabilidade do cliente é apenas uma: escolher como o banco será utilizado pelas aplicações.
Funciona como uma assinatura mensal. Toda a camada operacional, física e de manutenção é transferida para a conta do provedor, enquanto o cliente gerencia o uso do banco de dados por meio de uma plataforma, sem precisar lidar com nenhuma atividade de infraestrutura.
Nesse modelo, clientes relatam economia de até 40%, principalmente pela remoção de gastos com energia, refrigeração, equipe especializada e de licenciamento (SQL Server) que já estão inclusos no serviço.
Economia das grandes:
“O preço das licenças de software deve ser considerado. Se a empresa utiliza Microsoft, o custo fica facilmente em torno de US$ 1.500 por servidor, sem contar as licenças individuais de usuário e a licença do Microsoft SQL Server. Os custos iniciais para colocar 2 ou 3 servidores em operação chegam a aproximadamente US$ 25.000”
João Junior, CRO HostDime Brasil
Outro ponto importante é a cobrança em real, que reduz exposição cambial e traz previsibilidade financeira.

On-premise X colocation
Com o colocation, a empresa hospeda seu próprio hardware em um data center certificado para garantir proteção e disponibilidade da infraestrutura diante de qualquer cenário. É como um hotel de segurança máxima para infraestruturas físicas.
Enquanto no modelo on-premise a empresa é responsável por todas as camadas operacionais, o modelo colocation permite que o data center assuma as responsabilidades de segurança física, acessos, monitoramento, energia redundante e continuidade, garantindo que tudo continue funcionando mesmo em situações de falhas externas.
O cliente continua responsável por:
- Sistema operacional
- Aplicações
- Dados
- Permissões e identidades
- Rotinas internas e lógica de negócios
- Gestão da sua própria camada de TI
Em outras palavras: o servidor é da empresa, mas o ambiente crítico é do data center. É a opção perfeita para quem já investiu em equipamentos e ativos, mas precisa de um ambiente profissional, seguro e previsível para operar.
A decisão de migrar deve ser tomada com assertividade. Por isso, aqui está uma tabela para comparação clara:
|
Responsabilidade |
DBaaS |
Cloud |
Colocation |
On-premise |
|
Informações e dados |
Cliente |
Cliente |
Cliente |
Cliente |
|
Dispositivos (PCs e dispositivos móveis) |
Cliente |
Cliente |
Cliente |
Cliente |
|
Contas e identidades |
Cliente |
Cliente |
Cliente |
Cliente |
|
Infraestrutura de identidade e diretórios |
Compartilhada |
Cliente |
Cliente |
Cliente |
|
Aplicações |
Provedor |
Compartilhada |
Cliente |
Cliente |
|
Controles de rede |
Provedor |
Provedor |
Cliente |
Cliente |
|
Sistema operacional |
Provedor |
Provedor |
Cliente |
Cliente |
|
Hosts físicos |
Provedor |
Provedor |
Cliente |
Cliente |
|
Rede física |
Provedor |
Provedor |
Provedor |
Cliente |
|
Data center físico |
Provedor |
Provedor |
Provedor |
Cliente |
Se o modelo on-premise não atende mais às necessidades de constante expansão do seu negócio, conte com a HostDime Brasil: empresa global com data center próprio Tier III – o mais certificado da América Latina e premiado como melhor ambiente de colocation pelo Data Center Dynamics.
O data center da HostDime Brasil conta com ambiente de colocation premiado - Foto: HostDime Brasil