Descubra como RTO e RPO impactam a continuidade do negócio e como a solução de disaster recovery protege contra falhas, ataques e perda de dados.

Você conhece as duas métricas mais importantes para planos de restauração de dados? As taxas de RTO e RPO orientam empresas de diversos setores na escolha de um plano ideal de recuperação de desastres ou proteção de dados.
Se a operação do seu negócio não pode parar, você precisa conhecer essas siglas. RTO e RPO deixaram de ser conceitos restritos a times técnicos de tecnologia e informática e passaram a fazer parte das decisões estratégicas de negócios, sendo essenciais para:
- Prevenção de adversidades;
- Minimizar falhas e perda de dados;
- Garantir alta disponibilidade das operações;
- Base sólida para redundância;
- Otimização da atuação dos profissionais de TI.
É importante que todos envolvidos em tomadas de decisões (inclusive gestores), tenham ao menos o conhecimento básico sobre o assunto. Esse artigo te ajudará com essa missão.
Em um cenário de ataques de ransomware, ambientes em nuvem e operações cada vez mais dependentes de dados, entender esses indicadores é essencial para evitar o temido downtime, perdas financeiras, paralisações prolongadas e danos à reputação da empresa.
O que significa RTO e RPO na prática?
Em e-commerces, hospitais, indústrias ou sistemas financeiros, a indisponibilidade de minutos pode gerar perdas irreparáveis. Por isso, RTO e RPO funcionam como limites operacionais que definem até onde o negócio suporta falhas sem comprometer sua continuidade.
De acordo com estudo da Uptime Institute, 54% das organizações afirmam que a sua última falha significativa custou mais de US$100.000 e 16% reportam valores superiores a US$1 milhão.
Em serviços de TI, nada deve ser feito sem números definidos: até a quantidade máxima de tempo que a operação de uma empresa pode ficar fora do ar em caso de downtime e o limite de dados que ela pode perder sem ter grandes prejuízos é calculado e definido pelas métricas de RTO e RPO.
Para manter a continuidade operacional e evitar esse tipo de prejuízo, definir corretamente o RPO e RTO com o seu provedor de infraestrutura de TI é o caminho para garantir que a estratégia de disaster recovery (DR) esteja alinhada às necessidades da empresa.
| Entenda as diferenças entre as duas siglas:
O que é RTO?
Recovery Time Objective (RTO) é o tempo máximo que um sistema pode ficar indisponível após uma falha até que volte a operar normalmente.
Arquiteturas de data centers são projetadas para não ficarem indisponíveis em nenhum cenário, mas caso isso aconteça, esse tipo de infraestrutura segue um plano rigoroso de backup e recuperação de desastres. Esse é o RTO.
Por isso essa métrica responde a uma pergunta crítica de continuidade: “em quanto tempo o sistema precisa voltar?”. Esse número é variável de acordo com os serviços contratados e nível de criticidade de cada cliente.
Na prática, o RTO representa o relógio correndo enquanto a equipe técnica trabalha para restaurar aplicações, bancos de dados e serviços. Quanto maior esse tempo, maior o impacto operacional, financeiro e reputacional.
Se um e-commerce define um RTO de 2 horas, significa que a empresa aceita ficar até esse período fora do ar antes que o prejuízo se torne crítico. As medidas são inversamente proporcionais: quanto menor o RTO, maior a exigência por infraestrutura robusta, automação, alta disponibilidade e, consequentemente, maior o investimento.
O que é RPO?
O Recovery Point Objective (RPO) mede até que ponto os arquivos estão seguros e passíveis de salvação, ou seja, a quantidade máxima de dados que a empresa pode perder após um incidente.
O RPO está ligado à frequência de backup e replicação. Se o backup acontece uma vez ao dia, o RPO é de até 24h, mas se é feito a cada 15 minutos, o RPO é de 14min e 59s.
Quanto maior a frequência de pontos de backup, menor o RPO e menor a perda de informações críticas, como transações, pedidos, registros financeiros e dados operacionais.
Diferenças entre RTO e RPO
Uma forma simples de diferenciar os dois conceitos é separar tempo e dados:
- RTO mede quanto tempo o negócio fica parado.
- RPO mede quanto de informação será perdida.
Muitas empresas cometem o erro de focar apenas em um deles, afinal não são interligados automaticamente. Um sistema pode voltar rapidamente (RTO baixo), mas com grande perda de dados (RPO alto), ou preservar dados, mas levar horas ou dias para retomar a operação.
Dentro de um plano de disaster recovery, o RTO representa a velocidade de retomada e o RPO o volume de integridade dos dados recuperados.
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Critério |
RTO |
RPO |
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O que mede? |
Tempo de recuperação |
Perda de dados aceitável |
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Pergunta-chave |
“Quanto tempo posso ficar parado?” |
“Quanto posso perder?” |
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Impacto |
Operacional e financeiro |
Dados e informação |
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Exemplo |
Sistema volta em 2 horas |
Evita perda de um dia inteiro de dados e operações fora do ar |
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Como reduzir? |
Alta disponibilidade, failover rápido |
Backups frequentes, replicação |
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Mais relevante para |
Operações e negócios |
Segurança, compliance e TI |
Ambientes muito grandes têm dificuldade em ter um RPO minúsculo (como 5 minutos) porque as ferramentas demoram para concluir a rotina de cópia. Já ambientes menores ou bancos de dados críticos conseguem fazer a cada 15 ou 30 minutos. Quanto menor o RTO e RPO, maior é a tecnologia necessária.
Também é importante lembrar que o cálculo do RTO precisa ser realista, incluindo o tempo de download dos dados da nuvem, o tempo de reinstalação do sistema operacional e de aplicação das atualizações de software antes de devolver o acesso ao usuário.
Por que RTO e RPO se tornaram métricas estratégicas para negócios?
Segundo o especialista em engenharia de TI da HostDime Brasil, Francisco Roberto, “muitos clientes tentam ‘tirar leite de pedra’ economizando na infraestrutura e não contratando serviços de backup.” Francisco ainda afirma que esses usuários só percebem o erro quando o incidente ocorre ou diante de um ataque.
Ao contrário do senso comum, investir em backup não é somente uma estratégia para ter arquivos copiados, mas é um dos principais planos de cibersegurança das operações.
Baixas taxas de RTO e RPO funcionam como estratégias de recuperação de desastres e restauração de ambientes produtivos em tempo hábil para gerar o mínimo de impacto possível em operações críticas
Em crimes de ransomware, por exemplo, dados são criptografados, arquivos são corrompidos e os criminosos solicitam um alto valor para o resgate, mesmo sem garantia alguma de devolução. Se a empresa possui um RTO baixo (recuperação rápida), ela consegue restabelecer o ambiente e retomar a operação sem necessidade de negociação ou esperar dias por uma chave de descriptografia que pode nem chegar.
Na mesma linha de raciocínio, as baixas taxas de RPO garantem a restauração rápida dos sistemas, diminuindo o poder de barganha dos criminosos, pequenas taxas de RPO definem até onde os dados podem ser recuperados. A manutenção e investimento em ambas é necessária para diminuir a janela de infecção.
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Com um RPO alto de 24 horas, por exemplo, uma empresa corre o risco de perder um dia inteiro de dados;
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Com um RPO baixíssimo de 15 minutos, a perda seria mínima.
A perda de dados gera também uma parada de operações conhecida como downtime. Monitorar e investir na diminuição de taxas de RTO e RPO são passos importantes para o alcance de alta disponibilidade (AH) e da resiliência operacional.
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O custo médio do downtime chega a US$ 9.000 por minuto em grandes organizações. Forbes |
Como reduzir as taxas de RPO e RTO?
Para reduzir taxas de RPO (Recovery Point Objective) e RTO (Recovery Time Objective) e ter um plano de recuperação de desastres eficaz, é necessário adotar uma combinação de tecnologias de replicação de dados, monitoramento, automação e cibersegurança.
Ao definir RPO e RTO, considere:
- A tolerância do seu negócio à perda de dados;
- O impacto financeiro do downtime para o seu setor;
- A criticidade do seu sitema.
A implementação de soluções de recuperação em data centers especializados é o caminho mais recomendado. Na HostDime Brasil, data center mais certificado da América Latina, oferecemos o serviço de cloud backup e disaster recovery, ideais para restauração eficiente.
Na prática, as taxas de RTO e RPO podem ser reduzidas com os seguintes passos:
- realização ou contratação de serviços que garantem backups frequentes;
- replicação de dados;
- automação de recuperação;
- infraestrutura em data centers especializados;
- políticas de backup imutável.
“Antes de salvar o dado no storage, o sistema faz uma varredura. Se um vírus for identificado, ele o coloca em quarentena ou trata o arquivo. Isso impede que a empresa restaure um backup infectado, o que causaria um novo incidente”, conta Saulo Brito, engenheiro de sistemas sênior da HostDime, sobre os serviços de backup e disaster recovery
As taxas de RPO e RTO são variáveis e personalizáveis conforme o ambiente de TI e sua criticidade. Quanto mais crítico o sistema, menores devem ser o RPO e o RTO.
O barato que sai caro
Clientes que tentam economizar e não contratam backup profissional acabam pagando muito mais caro quando precisam de uma recuperação de emergência via snapshot de storage (se disponível) ou, pior, pagando resgates incertos para hackers. Investir em RTO e RPO adequados é uma forma de economia preventiva.
A solução de cloud backup da HostDime não é apenas armazenamento; é uma ferramenta de cibersegurança. Ela possui:
- Tratamento anti-malware: o backup é escaneado antes de ser salvo. Se um vírus for identificado, ele é tratado ou colocado em quarentena.
- Imutabilidade: mesmo que o vírus passe, o sistema possui imutabilidade, garantindo que o arquivo de backup salvo não possa ser modificado ou criptografado pelo vírus por um determinado tempo.
- Reversão em cache: o agente de backup na máquina do usuário consegue identificar se arquivos estão sendo criptografados, parar o processo malicioso e reverter os arquivos afetados usando o cache.
Definir RTO e RPO não é apenas uma decisão técnica, mas uma escolha direta sobre quanto risco o negócio está disposto a assumir. Em um cenário de ataques constantes, downtime caro e alta dependência de dados, essas métricas se tornam instrumentos de proteção financeira e operacional.
Na HostDime Brasil, entendemos que cada minuto de inatividade pode representar perdas irreparáveis. Por isso operamos com soluções de backup e recuperação certificadas internacionalmente.
Perguntas frequentes
Encontre respostas para as dúvidas mais comuns sobre taxas de RTO e RPO.
RTO (Recovery Time Objective) é o tempo máximo aceitável para que um sistema volte a operar após uma falha. Ele define a velocidade de recuperação da operação em um plano de disaster recovery.
RPO (Recovery Point Objective) indica a quantidade máxima de dados que uma empresa pode perder após um incidente. Quanto menor o RPO, menor a perda de informações críticas.
RTO está relacionado ao tempo de indisponibilidade do sistema.
RPO está relacionado à perda de dados aceitáveis.
Ambos são complementares em estratégias de continuidade de negócios.
Eles não impedem o ataque, mas reduzem drasticamente seu impacto. Baixos RTO e RPO permitem restaurar sistemas rapidamente e recuperar dados sem pagar resgate.
Depende da criticidade do sistema. Ambientes financeiros e de saúde exigem RTO e RPO muito baixos, enquanto sistemas menos críticos podem tolerar valores maiores.
Sim. Qualquer empresa que dependa de sistemas e dados digitais precisa definir esses parâmetros para reduzir riscos operacionais e financeiros.